Fraturas

O ombro humano é composto por três ossos: o úmero, a clavícula e a escápula (também conhecida como omoplata). A fratura do ombro acontece quando ocorre, após um trauma, a ruptura de uma dessas estruturas ósseas, podendo dividir o osso em dois ou mais fragmentos.

Fratura do Úmero

As fraturas do úmero podem acontecer em dois locais: no úmero proximal (região superior do osso do braço que se encaixa com a escápula no ombro) e no úmero “braço” (região no meio do braço).

Quais as causas da fratura do úmero proximal?

As fraturas no úmero proximal, também conhecido como terço proximal do úmero, são as mais frequentes; a terceira fratura mais comum do corpo humano. Elas acontecem principalmente em pacientes de duas faixas etárias: os jovens e os idosos.

Nos mais novos, as causas estão normalmente ligadas a acidentes de maior energia, como quedas de motos e bicicletas. Já nos idosos, a fratura pode acontecer por uma queda em casa ou na calçada, atrelada a porosidade dos ossos.

Como diagnosticar a fratura do úmero proximal?

O paciente com fratura do úmero proximal costuma sentir muita dor na região e tem dificuldades para mexer o ombro e/ou levantar o braço. A fratura também provoca hematomas no local e inchaço do braço e do ombro.

Assim que o paciente procura um especialista, ele é encaminhado para realizar uma radiografia, exame primordial para detectar a fratura. Em alguns casos é necessária também uma tomografia computadorizada (TC) para identificar uma possível fratura oculta.

Qual o tratamento das fraturas do úmero proximal?

A maior parte dos casos, com poucas fragmentações, é tratada de maneira convencional, com uma tipoia. Em cerca de 45 dias ocorre a cicatrização óssea. Alguns pacientes podem precisar também de fisioterapia.

Nos casos mais graves, cerca de 20%, a cirurgia pode ser indicada pelo médico ortopedista especialista em ombro. Elas são recomendadas em situações onde existe um grande desalinhamento dos fragmentos da fratura e também fraturas com luxações. O tipo da cirurgia vai depender de cada caso e suas especificações (como idade do paciente e qualidade óssea), havendo a possibilidade de utilizar placas, parafusos ou próteses para reestruturar o local da fratura. A recuperação conta com um período de imobilização e fisioterapia.

Algumas complicações podem aparecer no pós-operatório: perda dos movimentos do ombro ou a osteonecrose, que é a perda do suprimento sanguíneo da cabeça do úmero. Por isso, antes de realizar o procedimento, é importante que o paciente converse bastante com seu médico e compreenda todo o processo.

 

Fratura da Clavícula

Em quem e como ela acontece?

Apesar de não ocorrer com a mesma incidência da fratura do úmero proximal, a fratura da clavícula acontece em diversos grupos de pacientes, principalmente em jovens que praticam esportes de impacto e ciclistas.

A clavícula conecta a caixa torácica ao ombro e fica perto de vários vasos sanguíneos e nervos. Sem ela, o braço ficaria “flutuando” sendo sustentando pelos músculos. Ela faz muita diferença e é importante ficar atento a qualquer sinal de lesão na clavícula.

Como diagnosticar uma fratura na clavícula?

Ao ‘quebrar’ a clavícula o paciente sente dor na região e tem dificuldades para levantar o ombro. Também podem acontecer sensações de atrito, hematomas e até deformidades visíveis no local. Assim que sentir ou perceber qualquer um desses sintomas, o paciente deve procurar um especialista e partir para o raio-X.

Opções de tratamento

Imobilização com tipoia, repouso e remédios para dor são os componentes mais comuns do tratamento. O método, quando seguido corretamente, apresenta um nível alto de cicatrização óssea entre 4 e 6 semanas. É importante manter o acompanhamento regular com o médico para verificar o progresso de cicatrização.

A segunda opção é a cirurgia, indicada em casos mais severos ou de fratura exposta. Durante o procedimento são colocados estabilizadores de metal no osso. O pós-operatório varia de paciente para paciente, mas é comum a imobilização por um período e indicação para fisioterapia.

 

Fratura da Escápula

As fraturas de escápula, ou omoplata, são as menos comuns entre as fraturas de ombro. Elas representam menos de 1% de todos os ossos quebrados.

Quais são as causas e sintomas?

As fraturas estão associadas a traumas de alta energia, como acidentes de carro e de moto, e costumam estar ligadas a outras lesões – fraturas da costela, lesões pulmonares e danos à medula espinhal. Elas causam muita dor, inchaço e rigidez.

Diagnóstico e tratamentos

O ortopedista especialista em ombro sempre solicita uma radiografia para checar a gravidade da lesão. Em alguns casos, ele pode pedir também uma tomografia computadorizada.

As fraturas de escápula podem ser tratadas pelo método convencional não cirúrgico, com uso de imobilização, ou pela cirurgia. O que define o tratamento é a avaliação médica a partir da gravidade do caso.

O tratamento cirúrgico utiliza placas e parafusos para segurar o osso enquanto acontece a recuperação da fratura e conta com um pós-operatório lento, com imobilização e fisioterapia.

 

Fonte: http://ortesp.com.br/especialidades/traumatologia/fratura-do-ombro